terça-feira, junho 26, 2007

The End

No inicio foi pura brincadeira ou se preferir um belo passatempo. Com os dias e semanas a brincadeira ficou séria. Sentia falta da sua voz, do seu toque, dos seus beijos, da sua companhia.

A intimidade só fez aumentar a vontade querer estar junto, de dividir sonhos e planos. O entrosamento parecia mágico e muitas vezes poderia dispensar as palavras, pois bastava um olhar seu para saber o que se passava no intimo da sua alma.

Era feliz porque o que importava era o fato de estarmos juntos, feliz por existir a possibilidade de um dia construirmos um futuro, uma família. Feliz por pensar que a minha sinceridade era suficiente para te prender. Feliz por acreditar que o meu amor bastava para te fazer feliz.

Foi o tempo que mostrou um lado seu, até então desconhecido, que me fez querer desistir, que me fez querer furgir. Um lado imaturo e volúvel. Mas a vida me ensinou a lutar sempre, nada veio fácil, porque você viria?

Muitas vezes chorei quando você sumia, prometi aceitar e seguir; mas bastava sua voz para minha promessa desaparecer. Com você despi meus segredos, desnudei minha alma, fui sua sem reservas ou vergonhas.

O mesmo tempo que me ensinou a te amar, transformou minha lucidez em divina estupidez, recheada com muita cegueira. Meus pés trocaram à firmeza do chão, pela incerteza das nuvens, deixei a razão de lado para ouvir meu coração e acreditei que isso faria diferença.

Hoje ouvi de outra pessoa o que mais temia. Você partiu! Seguiu sua vida e escolheu outra pessoa para estar ao seu lado. Sinto por não ter tido coragem de me contar, sinto por não ter visto isso em seus olhos.

Espero que seja feliz! Espero que tenha encontrado o que lhe faltava. Sei que fiz o que deveria e não me arrependo.

Encerro esse livro com o ponto final que deveríamos ter colocado juntos. Hoje me sinto livre para seguir em frente e escrever uma nova história, com outras paisagens, outros perfumes, outros pronomes e com certeza com muito outros verbos!

sábado, junho 16, 2007

Dizem que a vide é cheia de mistérios. Acredito que em alguns momentos, isso realmente procede, porém (para tudo existe um porém) o próprio ser humano tem o dom de triplicar qualquer mistério!

Existem mil hipoteses e crenças sobre a morte, mas ninguém comsegue estabalecer o momento exato (exceto, quando premeditado). Pessoas nascem com limites fisicos e mentais, mesmo assim isso não os torna incapazes de fazer algo que realmente desejam. Nada freia a certeza de um amor verdadeiro ou a fé em alguma coisa.

Existem teorias e estudos sobre tudo que existe nesse mundo, desde doenças até as idéias surreais de um profissional.

Buscamos sempre alcançar o desejado e quando conseguimos, parece que perdeu um pouco do glamour anterior. As vezes o romance ideal termina surge na infância enquanto estamos descabelados brincando de pique-esconde, outros o encontram na adolescencia dentro da escola ou na festinha na garagem do vizinho, tem aqueles que vivem juntos por anos e da noite para o dia notam que o encanto acabou, sem falar naqueles que passam a vida procurando pelo principe encantado e sem encontra-lo aceitam passar o tempo com os sapos desencanados.

Existem conceitos e preconceitos sobre idades, funções, sabedorias e como num passe de mágica tudo perde a lógica e as regras transformam-se transparências.

Enfim, queremos sempre algo diferente e muitas vezes esquecemos de aproveitar o que temos, desejamos e buscamos por algo perfeito e não visualizamos a magnitude da imperfeição suave. Nem sempre temos que conviver com o tapa olho. Saber aproveitar o hoje, muitas vezes é a melhor forma de conquistar aquilo que jamais poderemos idealizar!